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Tempo de resposta
22 de Abril, de 2022
Palavra do Presidente
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By ROBERTO ALVAREZ BENTES DE SÁ
Tempo de resposta

Há poucos dias, um incidente envolvendo o rompimento de uma adura da Casan bem próximo à entrada da parte insular da capital catarinense evidenciou uma preocupação recorrente em nossa tão amada Ilha da Magia: a demora inaceitável no tempo de resposta de situações críticas que envolvem o trânsito da região.
O incidente, ocorrido às 3h da manhã, danificou drasticamente o asfalto da avenida Gustavo Richard, o que acarretou em uma interdição das quatro pistas que dão acesso ao túnel Antonieta de Barros, principal via para quem vai ao Sul da Ilha.

E como não podia ser diferente, além da falta de água em diversos bairros da cidade, o caos no trânsito de toda a Região Metropolitana começou cedo.
A abertura do programa televisivo “Bom Dia SC” já mostrava as filas quilométricas de carros que precisavam acessar a Ilha e, sem a opção de seguir direto para o Sul da Ilha, todo o fluxo se amontoava logo no final da Ponte Ivo Silveira, a fim de se dirigir para Avenida Beira-Mar Norte.

Nas imagens ao vivo, o que se via, além do estrago do asfalto e litros de água desperdiçado, era a falta de organização dos órgãos competentes, que nada haviam feito para mitigar os efeitos do incidente.

No elevador do prédio onde moro, ouvi alguém comentar: “Se fosse no Japão, nessas quatro horas desde o rompimento, já teriam passado um asfalto novinho e ninguém mais saberia do que aconteceu na madrugada”.

E o pior é que é verdade! Talvez, não fosse possível ter passado o asfalto, mas com certeza já teriam tirado os destroços da pista e colocado o pavimento provisório no trecho atingido. Mas não! Já no final do telejornal, vemos um trator chegando para dar início aos trabalhos.

Mesmo as intervenções de fluxo, orientadas pela Guarda Municipal, demoraram a acontecer. Sinceramente, deveria existir um protocolo padrão de ação para momentos como esse. Todavia, lamentavelmente, o que parece é que todo mundo é pego de surpresa e não sabe nem por onde começar.

Uma demora vergonhosa que acaba atingindo a população como um todo. Trabalhadores dos mais diversos segmentos, alunos de todas as idades, servidores públicos e tantos mais prejudicados pela falta de um Plano de Ação consistente.

Esperamos que após este episódio, nossos gestores olhem com um carinho maior para a cidade e cobrem dos órgãos competentes ações emergenciais que diminuam os efeitos negativos de situações como esta.

Além do mais, ficou evidente que a falta de opções para a mobilidade dentro da Ilha ampliou ainda mais os prejuízos ocasionados por esta situação. Se o tão sonhado transporte marítimo já fosse realidade, muito das filas nem mais existiram. Mas, enfim, só nos resta continuar lutando e cobrando por um olhar mais aguerrido por parte das nossas autoridades.

ROBERTO ALVAREZ BENTES DE SÁ

Presidente do MONATRAN - Movimento Nacional de Educação no Trânsito