VEJA O QUE A MEDICINA DE TRÁFEGO OCUPACIONAL ENCONTRA NAS PESQUISAS SOBRE PROFISSIONAIS DO VOLANTE:
Dados médios encontrados em múltiplas pesquisas realizadas por universidades, organizações não governamentais, serviços de engenharia de segurança e medicina do trabalho, pesquisadores independentes e outros nos levam a surpresas com relação ao bem-estar físico, mental e social de nossos profissionais do volante.
Trabalhando com o conceito de preservar vidas, de atuar no trabalho quando ele é nocivo à saúde, a integridade física e a boa qualidade de vida do trabalhador e diante de avaliações estatísticas alarmantes têm que de alguma forma interceder mostrando o que é vida, trabalho, ganho financeiro, saúde, bem-estar e família. Parece que o mundo desses profissionais gira entre trabalho e dinheiro. Agridem o corpo, a mente, a família, colocam a vida em risco sem nem para ela olhar.
Não há dúvida que muitos desses números poderiam ser reduzidos à zero ou muito próximo dele.
Também não tenho dúvida que as empresas têm certa responsabilidade no crescimento de tais valores. Torna-se necessário vislumbrar o motorista, por nós chamado de gerente de unidade móvel, como o elemento principal da empresa, o verdadeiro patrimônio da empresa. É investindo nesse patrimônio que se terá lucro em curto prazo. Ele reduz o absenteísmo, desaparecem reclamações de clientes e fornecedores, melhora o relacionamento dos funcionários, a empresa cresce.
Com esses índices, que comentaremos a seguir, alarmantes que caracterizam o caos para o transporte, para as empresas, para o governo, para o trabalhador e para a sociedade. Afinal não se pode entender que 12h ou 14 h possam ser a carga de trabalho diário desse valioso colaborador do progresso desse país.
A lei 2.260 / 97 aprovada no Congresso Nacional e que teve a sanção do Presidente da República veio tornar oficial a jornada de trabalho permitindo que o indivíduo trabalhe até 13 h por dia o que contraria a CLT. Diz à lei que a cada 4 h deve haver uma pausa de 30 minutos contínua ou descontínua, o que vai permitir uma carga de 13h e 30 minutos no final do dia. Oficializa-se dessa forma a jornada de trabalho que executam hoje.
Não podemos calar diante de condição adversa ao objetivo de todos que é a qualidade de vida no trabalho e a preservação dessa vida.
Já é tempo de darmos um salto e caminharmos em direção a uma nova revolução industrial e não temos dúvida que o transporte constitui hoje a indústria que mais agride o homem e o planeta. A Industria do Transporte com seu ruído, gases e outros fatores comprometendo o bem-estar do motorista e da sociedade como um todo.
Alterações orgânicas mais encontradas:
Obesidade 2 % Sobrepeso 32 % Obesidade Moderada 65 % - Obesidade mórbida 0,1 % SEDENTARISMO 96,9 %
Estresse - Zumbido - Perda Auditiva - Surdez - LER / DORT - Doença Respiratória
- Doença Infecciosa - Lesão da Pele – Conjuntivite - Rinite - Distúrbios Hormonais - ALTERAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL - 52 %
DIABETES MELITUS - 6 % DISTÚRBIOS DO SONO - 73 %
PRIVADOS DO SONO - 98 %
PORTADOR DE PERDA AUDITIVA - 26 % PORTADOR DE LER/DORT - 36 %
ERRO ALIMENTAR - 100 % DEFICIÊNCIA VISUAL - 18 % COCHILAR NA DIREÇÃO - 53 %
- Tromboembolismo - Poluição ambiental - Aquecimento Global -
Sequela de sinistros.
HÁBITOS
ÁLCOOL - 58 % DROGAS - 16 % TABAGISMO - 38 %
JORNADA DE TRABALHO
< 10 h /DIA - 17 % > 10 h /DIA - 71 % 16 h /DIA - 12 %
Corrigir, tratar, educar trariam benefícios para que o profissional possa desenvolver a atividade com maior presteza, qualidade e logicamente, reduzindo os problemas de saúde, qualidade de vida durante o processo de trabalho, familiar e social.
Diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego)