A festa judaica de Hanukkah/Chanucá (חנכה ḥănukkāh ou חנוכה ḥănūkkāh), muitas vezes coincide com o Natal, dia que em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Chanucá, também conhecida como o Festival das Luzes, é uma palavra hebraica que significa"dedicação" ou "inauguração". A primeira noite dos oito dias de comemorações começa após o pôr do sol do 24º dia do mês judaico de Kislev.
A festividade comemora a vitória da luz contra a escuridão, assim como no Natal, as famílias se reunem em família, recitando bençãos e cânticos de louvor.
Este ano, povos de diferentes culturas e crenças, cada qual respeitando seus próprios hábitos e costumes, tem motivos de sobra para agradecer por todos os ensinamentos recebidos nesse período de provas que a humanidade atravessa.
Nos momentos mais dificeis reforçaram-se os laços sociais e a convicção de que se encontrariam saídas para os desafios impostos pelo isolamento e distanciamento social. Passados quase um ano e já se percebe ganhos pelo trabalho remoto dos que foram obrigados a ficar em casa e daqueles que, ao contrário, foram para o front.
Os novos heróis não vestem capas de superman, nem são destacados atletas ou artistas famosos, mas toda sorte de profissionais dos trabalhos essenciais que expõe sua vida, na linha de frente, para salvar outras vidas e servir. Principalmente, médicos, enfermeiras, policiais, bombeiros socorristas e todos os que atuam, aliviando a dor e o sofrimento dos semelhantes.
Interessante destacar que a pandemia mobilizou esforços cientificos em várias partes do mundo que resultaram no encurtamento da distancia entre a invenção - o ato de criar - e a inovação tecnológica, ou seja, a disponibilização imediata dessas descobertas.
Projetos que antes levavam 5 ou 10 anos para serem pensados, elaborados, concluidos, e comercializados estão sendo colocados no mercado em 12 meses ou menos, fruto dos avanços cientificos dos últimos anos. A existencia de agencias de vigilancia sanitária como a FDA dos USA e a Anvisa do Brasil e suas congeneres em outras partes do mundo, garantem os necessários padrões de segurança e qualidade cientifica.
No momento em que escrevo este artigo as vacinas, tão esperadas, já estão sendo aplicadas em alguns países, mais importante ainda, com margem respeitável de segurança e eficiência. Chega a ser emocionante presenciar maciças mobilizações de estrategistas militares para garantir a eficiência no armazenamento, transporte e distribuição de imunizantes de diferentes tecnologias e procedências.
Os avanços no combate ao vírus se espraiaram muito além da área de saúde. Recentes estudos publicados, como o de Kea Wilson, Senior Editor do Streetblog, USA, confirmam que até no transporte público as inovações adotadas tiveram resultados surpreendentes. Ficou evidenciado que é seguro usar o transporte público se governantes, empresas e usuários tomarem os cuidados básicos recomendados nos protocolos internacionais de segurança sanitária.
Apesar do pânico inicial que fez o número de passageiros despencar, no transporte público, estudos estão demonstrando que pode ser seguro, quando além dos protocolos de segurança, do uso de máscaras e da higienização das mãos, outros procedimentos sejam adotados, como a melhor ventilação dos veículos, o distanciamento pessoal nos terminais e nos veículos, a flexibilização de horários e a limitação de passageiros transportados.
Esses protocolos se adotados e perfeitamente fiscalizados, são fatores essenciais na diminuição do contágio. Os cientistas consideram, inclusive, que o desestímulo de conversas ruidosas, ajudam a abrandar a disseminação de partículas transportadas pelo ar.
Uma interessante conlusão a que chegou a editora do Streetblog, é que os “americanos não estão pegando COVID no ônibus - mas estão sendo mortos por motoristas”. Insiste ao argumentar que “as chances de morrer ao volante são provavelmente muito maiores do que as chances de contrair o vírus fatal no transporte público”. Ratifica essas afirmações com um relatório recente da American Public Transportation Association: "os passageiros têm cerca de 20 vezes mais probabilidade de sofrer um acidente fatal em um carro do que se contaminar com o virus usando o transporte público".
A humanidade e cada um de nós , em particular, tem muito a agradecer nas Festas deste Fim de Ano. O isolamento e o distanciamento social nos ensinou o valor do próximo, os cientistas mostraram a capacidade humana de superação, principalmente quando todos se unem em torno de uma causa comum, e a Fé revelou-se em toda sua plenitude.
Aos leitores desta coluna os votos de Feliz Festas e que a Luz e a Esperança abrilhantem seus corações
Doutor em Ciências Humanas e Mestre em História Econômica pela USP, criou e coordenou o Programa PARE do Ministério dos Transportes, foi Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, Secretário-Executivo do Gerat da Casa Civil da Presidência da República, Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Ciências Sociais de
Florianópolis – Cesusc, Two Flags Post – Publisher & Editor-in-Chief.