Sabem aquele momento que a gente nunca espera que aconteça? Uma despedida inesperada, uma dor que não se mede... O mês de Julho começou triste. Com pesar, lamentamos a morte do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC), José Carlos Pacheco, ocorrida no dia 5 de julho, aos 84 anos.

Gaúcho nascido em Pelotas (RS), Doutor Pacheco (como era carinhosamente chamado) se mudou para Laguna, no Sul do Estado, aos dois anos. Formou-se economista pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). E, entre tantas atividades desempenhadas, foi assessor do Plano Metas do Governo do Estado (1964 a 1971) e secretário particular do governador Colombo Salles (1971 a 1975).

Na maçonaria catarinense, foi grão-mestre por duas vezes (1990 e 1993), além de fundador e presidente da Confederação Maçônica do Brasil (1997) e da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica (1995 e 1997).             

Foi meu companheiro no MONATRAN – Movimento Nacional de Educação no Trânsito, onde exerceu os cargos de Conselheiro e de Diretor Secretário, sempre se destacando por sua liderança e empenho, na preocupação frequente pelas causas do trânsito e pelas consequências fatais advindas dessa atividade humana que ceifa milhares de vidas, anualmente.

Sempre esteve ao meu lado, como um parceiro constante em diversos momentos e projetos importantes, como também quando eu presidi a Comissão Especial de Restauração, da Arquidiocese de Florianópolis, e comandei a restauração da Catedral Metropolitana de Florianópolis, da Igreja de São Francisco de Assis, da Igreja Matriz de São José e da Igreja da Lapa, no Ribeirão da Ilha.

A seu convite, estivemos juntos na administração do Imperial Hospital de Caridade, quando o mesmo foi seu Provedor, fui membro da Comissão Especial da construção do novo bloco cirúrgico e centro cardiológico e, posteriormente, presidente do Conselho Fiscal, ao lado do amigo Antônio Koerich e do Professor Pedro Moreira.   

Voltamos a nos encontrar na sua gestão, como presidente do Albergue Noturno de Florianópolis, ocasião em que tive a honra de ser seu Diretor Tesoureiro e depois Administrador Geral, acolhendo pessoas em situação de rua. Em todas essas iniciativas sociais, Pacheco esteve presente, demonstrando seu espírito altruísta e solidário.

José Carlos Pacheco era conselheiro aposentado do TCE/SC e sua trajetória foi marcada pelo compromisso inabalável com a causa pública. Deixou um legado de honorabilidade, trabalho exemplar e permanente comprometimento com o bem comum. Sua dedicação e ética serão sempre motivo de inspiração para todos nós.

A perda de José Carlos Pacheco não é apenas a de um conselheiro exemplar, mas também a de um irmão e amigo querido. Sua ausência será profundamente sentida, mas seu legado de dedicação ao serviço público e às causas sociais permanecerá vivo em nossas memórias e corações.

Doutor Pacheco deixa uma herança de integridade e compromisso que continuará a inspirar futuras gerações. Que sua memória seja sempre lembrada com respeito e gratidão. À família e aos amigos, transmitimos nossa solidariedade neste momento de tristeza e dor.